quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Horrores


Voltando a realidade, saio de minha cápsula e enxergo aquilo que realmente existe.

O mundo me assusta e a maioria das pessoas também.

Monstros de terno e salto alto. Andróides desparafusados. Múmias e mamulengos.

O frio intenso, o calor escaldante. A fome e a saciedade, o amor e o ódio, o bem e o mal.

Quisera ser um pássaro extinto, cadê? quisera ser uma flor, mas ela se murchou.
Tudo está apenas na lembrança.

Sinto sede, mas não tenho dinheiro, meu carro está sem gasolina, minha casa destelhada. O esgoto exala carniça. Tudo é tão terrível, tão amargo, tão feio.

O mundo está bem pior que imaginava, antes nos meus pesadelos.



Por Lara Vieira

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Anjo Negro


O que mais ouvimos na atualidade é que as pessoas estão individualistas, que não há mais solidariedade, que acabou o amor entre as pessoas e que o ser humano só se preocupa com o seu próprio umbigo. Essa história não é bem assim, existem sim, muitas pessoas egocêntricas, mas ainda é possível encontrar pessoas que se disponibilizam a auxiliar o próximo.


Passei por uma experiência há um mês atrás, que me fez repensar nos valores humanos e devido a isso, escrevo esta crônica em homenagem ao personagem principal dessa experiência, o Anjo Negro. Dei-lhe este nome, porque na ocasião não tive oportunidade de perguntar seu nome. A história sucedeu assim:


"Era uma manhã ensolarada de um domingo em Goiânia, saí de casa com uma amiga para levá-la ao ponto de ônibus, que fica na Avenida Goiás, no centro da cidade. Naquele dia não estava me sentindo muito bem, sentia uma leve dor de cabeça e uma fraqueza no corpo, mas imaginei que não havia problema em acompanhá-la, por ser à distância da minha casa ao ponto, pequena. Imaginei errado.


No caminho, com o sol batendo muito forte em minha cabeça, comecei a sentir uma tontura não muito forte, então, teimei e fui até ao ponto. Chegando lá, coloquei no chão, as sacolas que estava carregando e ao levantar a cabeça, vi tudo rodar. Comuniquei a minha amiga o meu estado e no mesmo instante procurei um suporte para me encostar, porque minhas pernas já não suportavam mais o meu corpo.


Já desfalecendo, ouvi algumas vozes - que pareciam distantes – perguntarem o que se passava comigo e identifiquei a voz da minha amiga dizendo para eu reagir. Em meio aquela situação, senti alguém pegar meu braço esquerdo e colocá-lo em seu pescoço e me carregar até a um banco que fica na ilha da Avenida Goiás. Lá, com a ajuda da minha amiga – que estava em choque, segundo ela, pensando que eu estava morrendo – ligou para meu pai, informando o que se passava comigo.


Enquanto meu pai não chegava, o rapaz nos fez companhia, providenciou água, procurou acalmar minha amiga e ao mesmo tempo me reanimar, pois minha pressão havia caído ao ponto deu desmaiar. Aos poucos fui melhorando, tomei a água, meus sentidos foram voltando e pude enfim agradecer-lhe tudo que havia feito por mim. Meu pai então chegou e ficou imensamente agradecido ao rapaz pela atenção destinada. Minha amiga já tranqüilizada ficou no ponto para ir embora e o Anjo Negro também. Eu fui para casa acompanhada por meu pai."


No caminho, enquanto relatava ao meu pai o que havia acontecido, lembrei-me que não perguntei ao rapaz seu nome, foi então, que o nomeei Anjo Negro. Aparentemente ele devia ter uns vinte e dois anos, era bem moreno, tinha os cabelos cortado bem baixinho, era forte e estava com uma mochila nas costas.


Independente de quem seja, mais uma vez o agradeço pelo auxílio prestado e lhe presto esta homenagem em forma de crônica, em reconhecimento de sua boa ação e solidariedade. Pois, não era necessário ele ter feito tudo o que fez, uma vez, que eu era e sou uma estranha para ele, mas, não sei os motivos que o fez dispor a me ajudar, mas tenho certeza que ele foi enviado por Deus. São nestes pequenos gestos, que podemos ver que ainda existem seres humanos que se preocupam e se dispõem a ajudar ao próximo. Ascendendo em nós a esperança de que o mundo, talvez, ainda tenha salvação.
Por Cláudia Belo

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Evento: Chico César


Bem... já que este blog está quase que abandonado, eu Lara Vieira, vou usá-lo para relatar algumas experiências culturais que experimento. Por que acredito que o jornalista deve estar ligado fortemente com a cultura, que é um elo para o crescimento do ser humano social e para uma formação profissional também como porta voz de um mundo maravilhoso, o mundo das artes.





Show de Chico César em Goiânia me surpreende



Chico César, pela primeira esteve em Goiânia e não decepcionou ninguém. O show foi aberto pelo cantor Pádua, que não fez feio antes da apresentação "principal". Pelo contrario, serviu de inspiração para que Chico cantasse músicas de sua terra, a Paraíba.

Muito bem acompanhado pelo quinteto da Paraíba, Chico levou o público ao delirio e até cantamos junto. Os homens de forma descontraída e muito divertida, cantando: “Eu sei como pisar no coração de uma mulher. Já fui mulher eu sei. Já fui mulher eu sei.” No palco ele não era apenas um cantor, mas um interprete da verdadeira música popular brasileira.

Há muito tempo não acompanhava um espetáculo assim. Com uma banda simples, melhor, com poucos musicistas mas excelentes artistas. O Quinteto da Paraíba com seus dois violinos, uma viola, um violoncelo e baixo embelezaram o timbre peculiar de Chico César, além do carismático percursionista que não perdeu o pique em nenhum momento.

Uma iniciativa muito interessante do projeto MPB Petrobras para levar a cultura brasileira a todos os Estados por um preço bastante acessível, através da Lei de Incentivo à Cultura proporcionou o divertimento a um número consideralvel de goinos.

E que venham mais shows assim.

Texto: Lara Vieira

Imagem disponível em: http://www.overmundo.com.br/

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Pra não dizer que não somos capazes!


Como se tudo repetisse em épocas diferentes voltamos a seguir talvez um dos hinos mais revolucionários do Brasil, Violências impunes, forças covardes e uso abusivo do poder. Quem sabe os tempos de ditadura voltaram, e esqueceram de nos avisar.
“Há soldados armados, amados ou não, quase todos perdidos de armas na mão. Nos quartéis lhes ensinam antigas lições, de morrer pela pátria e viver sem razão.”

Vem vamos embora, que lutar contra eles não vamos conseguir. Deputados, jornalistas, estudantes, cidadãos de bem que tentarem soltar alguma crítica contra esse batalhão poderá sofrer represálias gravíssimas por parte deles.

“Nas escolas, nas ruas, campos, construções, Somos todos soldados, armados ou não, Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não.”

Quem sabe faz à hora, não podemos mais aceitar. Se nos mesmos pagamos e criamos isso, nós mesmos podemos lutar por direitos iguais e que eles cumpram a lei, se o poeta foi literalmente morto por eles, e caiu no conto do esquecimento, imagina o sicrano que mora lá na vila vai quem quer, nem mencionado será.

“Os amores na mente, as flores no chão, a certeza na frente, a história na mão, caminhando e cantando e seguindo a canção, aprendendo e ensinando uma nova lição.”
Não espera acontecer, não vamos ficar parados e irmos de encontro com o azar. Temos casos estourados na mídia que relatam desaparecimento de pessoas, Comprovada pela vista de testemunhas. Os corpos às vezes aparecem mortos, ou simplesmente somem sem sabermos onde foram parar.

“Vem, vamos embora, que esperar não é saber quem sabe faz a hora, não espera acontecer...”.


Por Renato Garcia - 4º período de Jornalismo


sexta-feira, 20 de julho de 2007

Drogas Eletronicas

Como se não bastasse a onda do second life, novo estilo de vida levado pelos internaltas que criam uma vida paralela no mundo virtual, estoura agora as drogas eletrônicas. Não! agora os jovens não correm mais o risco de ir a bocas de fumo, de comprar maconha nas noites escuras, de encomendar drogas sintéticas para ir às trances e festas raves, ou qualquer outra coisa do tipo, não tem mais o nariz destruído pela cocaína e nem o braço marcado por picadas da incisão de heroína.
A onda agora é outra. Podem ficar tranqüilos que a droga é de boa, meu velho. O negócio agora é virtual. Você está aí de bobeira, conversando com aquela mina pelo MSN, dando uma espiadinha no Orkut ou jogando um pouquinho, cansa disso tudo, e vai ficar sossegado ou loucão na sua casa, sem correr risco, sem gastar grana nenhuma. Depois que a matéria saiu na revista Veja e também na tevê é fácil fácil tornar-se um usuário da droga. Para isso é só entrar no google, procurar droga virtual e logo aparece uma dezena de endereços pra você entender melhor o que acontece. Além de dicas de instalação do programa que abre as portas para o mundo da loucura.
Muitos dizem que não faz mal nenhum que o uso é satisfatório e não causa dependência. Uma série de explicações sobre as drogas, os tipos, os efeitos podem ser encontrados no site principal, o I-doser, as drogas podem ainda ser experimentadas mesmo antes da instalação do programa necessário para o uso. Alguns usuários provaram e recomendam, outros não tiveram coragem e tem aqueles que desestimulam os curiosos que procuram a nova droga.
Os efeitos simulam todo tipo de droga imaginável, desde a marijuana até as mais novas drogas, a droga sintéticas, aquela usada pelos escritores literários, o ópio, que inclusive é a droga recomendada pelos criadores do programa, há drogas pra relaxar, anti-depressivos, drogas pra estimular a criatividade, droga para alucinar, para tirar os sentidos etc. Além disso, existem mais drogas sendo projetadas para que quando todas as que estão disponíveis no site forem provadas pelos usuários, haja novas drogas para se experimentar. O I-Doser funciona por meio de sons que mudam a freqüência do cérebro, uma técnica chamada binaural brainwave.
Não sei mais nem o que pensar a respeito.
O efeito delas vai do semi-moderada, moderado forte, Muito Forte e MUITO, MUITO FORTE com recomendações de ambiente, luz, como você vai ficar depois de ouvir o som, que só faz efeito se você ouvi-lo com um headphone.
Era só o que faltava, depois de amigos virtuais, sexo virtual, vida virtual agora a droga virtual. É nessa toada que a juventude se embala. Será esse site apenas mais um meio de se ganhar dinheiro? Será que é real? Porque no site também tem a droga reset? Faz mal, realmente?
Eu não experimentei, baixei o programa pra ver se era realmente verdade e que tipo de som fazia. E por incrível que pareça é real. Estou abismada.

Por Lara Vieira
lara.karolina@hotmail.com

terça-feira, 19 de junho de 2007

Desafios de ser jovem

O legal de ser jovem é ter essa vontade imensa de querer abraçar o mundo, de realizar os sonhos e os desejos. Queremos curtir, dançar, nos divertir e viver intensamente. Mas, além de desejos e vontades, precisamos adquirir e assumir responsabilidades.
Vivemos em um mundo conturbado, com uma mistura de liberdade, de competitividade, de pressão, de desafios, de insegurança e uma série de outros itens que tornam nossas vidas um constante conflito. Esse emaranhado de misturas nos possibilita viver experiências positivas e negativas que contribuem para o nosso crescimento.
O que acontece é que alguns jovens, se não a maioria, pensam apenas em curtir e se divertir, o que é um fato preocupante. Uma sociedade para ser sadia precisa ser composta por pessoas que tenha discernimento e responsabilidades. Portanto, é necessário que nós, jovens, tenhamos consciência de que, futuramente seremos os condutores do nosso país, sendo, portanto, obrigatória a nossa formação como cidadãos ativos, responsáveis, íntegros, bem informados, críticos e conscientes dos nossos direitos e deveres.
Para alcançarmos essa formação temos que parar de nos preocupar com aparências e superficialidades, e começar a ocupar nossas mentes com coisas significativas e concretas. Não podemos ser uma geração de mentes vazias. Somos inteligentes, espertos, temos um mundo de acessos tecnológicos e possibilidades que só irão nos auxiliar na construção dessa formação. Se compararmos as gerações do passado com a atual, verificaremos que no passado os jovens eram (aparentemente) mais criativos e idealistas, talvez porque não dispunham desse mundo tecnológico que se vê atualmente, e que ocupam-nos a maior parte do tempo. Já a nossa geração se acomodou com os meios tecnológicos de tal forma que se esquivam de pensar e analisar o mundo em que vivem. A utilização abusiva, pois, traz prejuízos em termos de relacionamentos humanos.
O fundamental é não perdermos as características de jovem, ou seja, não perder a alegria, a descontração, o bom humor, a vontade de abraçar o mundo e tudo que se refere à juventude; porém, temos que lembrar que o futuro do nosso país será entregue em nossas mãos. Devido a isso, temos a obrigação de sermos responsáveis. O nosso comportamento se refletirá no futuro do Brasil, portanto é necessário que saibamos nos comportar.


Por Cláudia Santana Belo.
claudiasbelo@hotmail.com

Estudante de Jornalismo (3° período)

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Discussões sobre o jornalismo


As discussões acerca da profissão do Jornalista estão muito presentes no cotidiano do estudante desta área. Dias atrás, Goiânia foi sede do 10º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo com a finalidade de discutir os 60 anos de ensino de jornalismo no Brasil e suas implicações sociais, profissionais e institucionais. No site do professor Altair Tavares (http://www.altair.pro.br/) foi disponibilizado um texto contendo uma visão norte-americana com nove princípios básicos do jornalismo.

Neste texto as abordagens dos princípios do jornalismo e seus novos pontos primordiais se restringem a características importantes que a profissão exige, porém considerá-las, apenas, como princípios básicos é insuficiente. Após análise feita por pesquisas de opinião e estudos, o site (http://www.journalism.org/resources/principles) em síntese afirmou que o “Princípio do Jornalismo” seria em suma determinado em nove pontos primordiais, (dentre os quais):

“1. A primeira obrigação do Jornalismo é à verdade

O Jornalismo não persegue a verdade em um sentido absoluto ou filosófico, mas pode e deve persegui-lo em um sentido prático. Processo que começa com a disciplina profissional de montar e de verificar fatos. Os Jornalistas devem ser tão transparentes como possível sobre fontes e métodos de modo que as audiências podem fazer sua própria avaliação da informação.


2. Sua primeira lealdade é aos cidadãos

Os jornalistas devem manter fidelidade aos cidadãos e ao interesse público acima de qualquer outro [que] se pretendem fornecer a notícia sem pautarem-se no medo ou no favor. Este compromisso com os cidadãos é primeiramente a base da credibilidade de uma organização da notícia. O compromisso com os cidadãos significa também que o jornalismo deve apresentar um retrato representativo de todos os grupos constituem a sociedade.


3. Sua essência é uma disciplina da verificação

Os Jornalistas confiam em uma disciplina profissional para verificar a informação. O método é objetivo, não jornalístico. Procurando testemunhas múltiplas, divulgando tanto quanto possível sobre fontes, ou pedindo vários lados para o comentário, todos sinalizam tais padrões. Esta disciplina da verificação é o que separa o jornalismo de outras modalidades de uma comunicação, tais como a propaganda, a ficção ou o entretenimento.


4. Seus praticantes devem manter uma independência daqueles que eles cobrem

A independência é uma exigência subjacente do jornalismo, um princípio de sua confiabilidade. A independência do espírito e da mente, mais que a neutralidade, são os jornalistas que a princípio devem manter-se no foco. Mesmo que os editores e os comentadores não sejam neutros, a fonte de sua credibilidade está na exatidão, certeza intelectual e habilidade informar - não na sua devoção a algum grupo ou resultado. Em nossa independência, entretanto, nós devemos evitar toda a tendência vaguear na arrogância, no elitismo, na isolação ou no niilismo.


5. Deve servir como um monitor independente do poder

O Jornalismo tem uma capacidade incomum de servir como cão de guarda àqueles cujos poder e a posição afetam mais cidadãos. Como jornalistas, nós temos uma obrigação proteger esta liberdade do cão de guarda, não humilhando no uso frívolo do poder ou não explorando a para o ganho comercial.


6. Deve fornecer espaço para a crítica e acordos públicos

Os meios de notícia são os portadores comuns da discussão pública, e portadores desta responsabilidade podem gerar uma base para privilégios especiais. Também deve representar razoavelmente os pontos de vista e os interesses variados na sociedade


7. O Jornalismo deve contar histórias interessantes, significativas e relevantes - com uma finalidade

Para sua própria sobrevivência, no ato de relatar notícias, deve balançar os leitores, saber o que querem, mesmo não podendo antecipar, mas conhecer suas necessidades. A eficácia de uma parte de jornalismo é medida por quanto um trabalho acopla suas audiências e as incandesce. Isto significa que os jornalistas devem continuamente perguntar que informação tem a maioria de valor aos cidadãos e em que forma. ... um jornalismo oprimido pelo trivial e pelo significado falso que engendra uma sociedade trivial.


8. Deve manter a notícia detalhada e compreensiva

Manter a notícia na proporção e não deixar coisas importantes para fora são também pontos fundamentais da verdade e confiabilidade. Inflando eventos para gerar sensações, negligenciando outros, estereotipando ou sendo desproporcionalmente negativo.


9. Seus praticantes devem se permitir exercitar sua consciência pessoal

Cada jornalista deve ter um sentido pessoal das éticas e da responsabilidade, um compasso moral. Cada um de nós deve ser disposto e justo. As organizações da notícia fazem bem em nutrirem esta independência incentivando indivíduos a falar o que se passa em suas mentes. Isto estimula a diversidade intelectual necessária para compreender e cobrir exatamente uma sociedade cada vez mais diversa. É esta diversidade das mentes e das vozes, não somente números, que importa.”



Após os estudos em sala de aula a respeito da história do jornalismo, da imprensa e pontos de vistas de professores e profissionais da área de comunicação, essa descrição não é completa para a nossa realidade. Até mesmo porque estamos no Brasil, e o jornalismo daqui agregou conceitos do jornalismo norte-americano, europeu e ainda do latino-americano e resultou na prática executada aqui.

Evidente que o jornalista deve ser imparcial, que seu compromisso com a verdade é um principio básico para que o próprio dono da matéria tenha credibilidade no mercado e para que suas notícias tenham peso na sociedade. A checagem das fontes é outro ponto que deve ocorrer sempre, mesmo porque isso é uma maneira de verificar com mais ênfase a veracidade do fato. Ou seja, um ponto complementa o outro. A prática do jornalismo não é única em todos os casos, porém contem rotinas vitais para a construção de um bom texto.

O jornalismo brasileiro contém certas particularidades, devido ser praticado por profissionais de diferentes áreas, que não são jornalistas; e principalmente agora isso é contestado de forma mais enérgica, e tem-se exigido a sua prática por profissionais formados em jornalismo, o que não ocorre de fato em Goiânia, mas vê-se um esforço local e nacional para mudar esse cenário. Entre as discussões lançadas pelo Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), estava a questão do estágio em Jornalismo. É uma questão clássica de debates que envolvem o jornalismo/jornalista. E que deve ser revista para não ser prejudicial nem para os estagiários, nem tão pouco o veículo em que trabalharão e nem para ao cliente final, o consumidor da notícia – o cidadão.

Alguns diriam que qualquer pessoa pode ser jornalista? Óbvio que não. O jornalista é aquele que está dentro dos locais exatos, na hora exata e que diferentemente de outro cidadão tem licença para isso. Um cidadão comum que não trabalha no cenário político, por exemplo, não está habilitado para checar as situações que se passa ali, e nem tem contato direto com a assessoria ou fontes oficiais. Mas um jornalista profissional tem esse privilégio.

Ainda existem as questões éticas. A ética é algo intrínseco do jornalista. Deve estar nele, na mesma proporção que as palavras surgem e são expressas pela ponta do lápis no papel em que ele escreve, não é fator a se desvencilhar das ações do cotidiano. A ética deve ser fator de responsabilidade e diferencial daquele que é um representante da sociedade em diferentes locais.

Suas práticas não podem ser resumidas em nove itens. O jornalista deve ser imparcial, verdadeiro, representar a sociedade de maneira devida, e não é em vão, que a imprensa é considerada o 4° Poder. Por isso, a prática do jornalismo deve ser sempre revista, discutida a fim de torná-lo cada vez mais excelente. E que sirva para usufruto de toda sociedade, sem tendenciosidade, preconceitos ou parcialidades.


Por Lara Vieira - Estudante do 3° Período de Jornalismo
email:
lara.karolina@hotmail.com
Imagem disponível em: www.xenia.com.br/images/collage/Open5.jpg

sexta-feira, 20 de abril de 2007

O Profissional

Muitos universitários quando se projetam para um futuro profissional principalmente na área do jornalismo televisivo, se imaginam populares, apresentando jornais de rede nacional, tirando fotos e distribuindo autógrafos. Mas, se esquecem que esse não é o papel do jornalista na sociedade. O jornalismo é reconhecido como o quarto poder, cobrando atitudes enérgicas dos outros três, que regem as leis no país (acompanhe a tabela).
1° Legislativo (criar as leis que redigem)
2° Executivo (obriga o cumprimento das leis e as executa)
3° Judiciário (Julgar de acordo com as leis)
4° Jornalismo (Voz do povo)
Se você é um estudante de jornalismo e quer seguir a carreira de repórter, fique atento as dificuldades que irá enfrentar. O repórter ou apresentador são as capas do jornal no qual trabalham. Por quê? De certa forma, aos olhos da população eles representam o veículo de comunicação no qual trabalham. Isso interfere até mesmo na vida particular, é o que nos explica o editor chefe e apresentador do Jornal Anhanguera primeira edição, Handersom Panciere, 38anos. O jornalista público, o de televisão, carrega uma responsabilidade gigantesca, porque querendo ou não as pessoas te reconhecem nos lugares, sabem o seu nome. Então você não pode sair para uma boate e extrapolar, pode até perder o prestigio e emprego, porque no outro dia, com certeza sairá nas colunas sociais, terá fotos e comentários maldosos sobre o profissional flagrado, mesmo que seja um ótimo profissional, em todos os sentidos. diz Handerson.
- Qual a importância do repórter?
Se ele for um bom redator, com boas idéias para prender a atenção do receptor, principalmente o redator de televisão, conseguirá fazer muitas coisas, ele não só escreve matérias como dá sugestões, cobra dos poderes soluções para a população como asfalto, energia etc.
SALÁRIOS (?)
A questão salarial é complicada, para você ganhar nove mil reais por mês em Goiânia o seu trabalho tem que valer esse preço, e isso vale pra qualquer veículo de comunicação. Conheço jornalista de impresso e rádio que ganham muito mais que os rostinhos bonitos na hora do almoço (risadas), muitos estagiários quando são contratados ficam um pouco desanimados ao receberem o primeiro salário, o salário se constrói a cada dia, quem evolui na profissão evolui o bolso(risos).
O estagiário que chega na redação hoje?
(Risos)... Sonhadores, ambiciosos, auto de data. Certos estagiários na redação só servem como passa tempo ou motivos de se fazer brincadeiras. Aquela história que o aluno é melhor que o professor, no jornalismo não é bem assim, alguns estagiários querem ensinar. Acho que deveriam escutar os mais velhos primeiro, depois dar opinião.
CURIOSIDADE
De acordo com o ISMA-BR (Internacional Stress Management Association). O jornalismo está classificado como a quinta profissão que proporciona maior estress, perdendo apenas pra as profissões de policial, controlador de vôo, bancário e professores.

Por Alexandre Lima.
Estudante de Jornalismo (3° período)

segunda-feira, 26 de março de 2007

Produção

Nesta segunda reportagem sobre os bastidores da Televisão Anhanguera, nossa equipe acompanha a produção do telejornalismo.
A equipe chega as 07h00 da manhã, recebem os jornais do dia e o relatório da noite, definem o que será apresentado; é o que explica a produtora do jornal Anhanguera 1° edição, Clarissa Bezerra. “Ao chegar à redação de manhã passamos os olhos nos jornais, e-mails de trabalho nos quais sempre chegam releases durante a noite”.
De segunda a sexta-feira na redação é realizada as reuniões de pauta, todos os dias pontualmente as 7h30 da manhã toda a equipe de jornalismo da tevê se reúnem (Apresentador, Repórteres, Editores de texto e imagem, Produção, Diretor) e são definidas as matérias, entrevistados, os vivos e convidados, também se define a linha editorial de cada assunto a ser abordado. No final de cada reunião o produtor recebe as suas matérias e começa a produzir, é o que explica o produtor do jornal Anhanguera 2° edição, Luiz Felipe. ”Assim que são definidos os assuntos a serem abordados nos três jornais, nos reunimos novamente e conversamos para saber o que um pode ajudar o outro, cada produtor tem mais afinidade com certas áreas, como política, factual, economia ajudamos uns aos outros, procuramos os assuntos e personagens e também realizamos mais reuniões para produzir matérias de gaveta e especiais”. Em nossa próxima edição falaremos de reportagem.
Por Alexandre Lima.
Estudante de Jornalismo (3° período)

sábado, 17 de março de 2007

A favor do idealismo
Partamos para a ignorância
Aceitemos tudo que nos for imposto
Mídia controlada
Notícia controlada
Vida controlada
Ser humano: o culpado.
Ter poder
Ter técnica
Ter criatividade
Ser crítico
Ser gente
Controlados?
Tudo é controverso
Fazer algo que só se critica...
Esquecer o amor, a dedicação
Esquecer a vontade, a revolução
Se tudo está perdido
E se caminhamos do caos à destruição
Eis a solução
Cale-se e vá durmir.
Brunna Duarte.

sexta-feira, 16 de março de 2007

Editorial

Se perguntarmos a dez universitários diferentes “Por que você escolheu esse curso?”, com certeza a maioria diria que foram influenciados por algo na escolha de sua futura profissão.
Para explicar um pouco do dia-a-dia de um profissional de jornalismo, o blog Jornalistas Vivos levará ao leitor a uma série de matérias narrando a função de cada profissional mostrando ao estudante de jornalismo um resumo do que acontece na profissão. Para começar, passamos o dia no departamento de telejornalismo da Organização Jaime Câmara que possui quatro jornais diários, sendo um deles direcionado ao campo. A filial da rede Globo em Goiás contém sete emissoras no interior do Estado. São mais de duzentos profissionais de comunicação que produzem e transmitem as notícias diariamente.
Para falar sobre os jornais entrevistamos o conselheiro editorial José Divino que, aos setenta anos de idade, tem cinqüenta anos de atuação no jornalismo. Este pioneiro da comunicação em Goiás já passou pelos três veículos principais: rádio, TV e impresso; além de prestar assessoria ao jornalismo. É portador da voz grossa e firme que se pode ouvir na transmissão da Hora do Ângelus, às 18 horas, todos os dias, na TV Anhangüera.
Fizemos algumas perguntas, as quais ele respondeu prontamente:

- Os jornais televisivos são todos iguais? São sempre as mesmas notícias?

José Divino:

-Não. São diferenciados. Cada jornal tem seu público alvo. O Bom Dia Goiás fala mais de política, economia, agricultura, campo. O Jornal Anhangüera primeira edição fala mais de assuntos factuais, policiais, notícias do interior e matérias de bem-estar. O Globo Esporte leva a informação bem direta do que acontece nos clubes do Estado (atualmente os jogos do Campeonato Goiano também são transmitidos pela emissora). O Jornal Anhangüera segunda edição traz um “resumão” de tudo que aconteceu durante o dia e por isso ele é o jornal de maior audiência (42%). O Jornal do Campo tem função explicativa para o produtor sobre o que pode acontecer, as novas tecnologias e também mostra a cultura de raiz, que é bem aceita pelo público. Atualmente estamos com uma série sobre casarões e recebemos alguns prêmios na área de jornalismo.

- Pode-se afirmar que a TV Anhangüera é líder em Goiás por ser uma afiliada da Globo?

José Divino:

Não. O que se pode falar é que temos a preocupação com a qualidade da informação. Logicamente os profissionais daqui são muito bons. A grande maioria foi “garimpada” por se destacar em outras emissoras, e daqui os melhores são direcionados para outras emissoras de maior porte em São Paulo, Rio de Janeiro... Outro diferencial é a estrutura que a empresa oferece. Aqui recebemos diariamente matérias vindas do interior que outras emissoras não têm, o que torna a nossa transmissão mais abrangente no Estado.

Na próxima matéria iremos falar de produção de TV. Como funciona o coração do telejornalismo, as reuniões, o que pautar...!

Por Alexandre Lima.
Estudante de Jornalismo (3° período)

quarta-feira, 7 de março de 2007




Saber


De uma vontade de viver, surgiu a crença
E dessa, se fez a criação
Arte, vida, desenho
Se fundindo em cores e formas

Instinto e sobrevivência
Tais quais influenciando formas cada vez mais precisas
Intencionais, cheias de conhecimento
Cheias de vida

E assim se dá a palavra, a escrita
Forma de dizer em maneira eterna, sentimentos e acontecimentos
Fatos que antes seriam efêmeros
E finitos

Dizer tudo sem proferir palavra
Transferir conhecimento e tornar possível a proximidade
Tocar almas e corações
Ter e conhecer o código

Acreditar na proximidade
Enriquecer culturas
Ter uma ferramenta, ou uma arma...
Saber.

Brunna Marques Duarte.




Último acesso em:16/03/07

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

2007


Em momentos nos quais ligamos a TV e ouvimos o Willian Bonner, Evaristo Costa, Roberto Cabrini, Fátima Bernardes... nas chamadas: “Guerras, desastres em Minas Gerais, aquecimento global, fome, fortes chuvas em todo o país, calor destrói plantações, morre mais 19 civis no Iraque”, pergunto o que irei noticiar? O que de pior pode acontecer até quando me formar? O caos já domina o universo! Mas não desistirei em esperar um futuro melhor. Até porque tenho minhas crenças e confio nelas.
Em mais um início de ano, cheio de novas promessas – um novo rumo para a vida, começar o regime, sem fumar a dois meses e dois dias (é foi só um traguinho que deu na semana passada – não conta como fumar), determinado a estudar de verdade esse semestre, em juntar dinheiro e não gastá-lo todo em coisas “desnecessárias”, e tudo aquilo que sempre sonhou; espero ainda que possamos contribuir para um ano melhor, em algum sentido pelo menos. Por exemplo, levando a AJV avante, determinados a aprender sempre mais e fazer de nós mesmos grandes jornalistas ou, ao menos pessoas melhores, mais críticas e bem informadas.
E que possamos enfrentar as dificuldades – seja falta de tempo, dinheiro, ânimo e demais males, tendo como foco um futuro profissional e pessoal promissor e brilhante. E como comunicadores acredito que o que virá depende em boa parte dos nossos esforços e em ser carudo mesmo e correr atrás das oportunidades. Mesmo as mais utópicas. Seria o projeto de um futuro ideal impossível? Sonhar faz parte dos planos para esse ano. Mas quero mesmo é ver muitos desejos concretizados.
E por enquanto é só. Aguardo novos textos, opiniões, comentários, criticas, correções ortográficas... Mas peço que participem.
O mundo começa agora, mais uma vez! Então, vamos a luta!
Até mais!

Lara Karolina



*Imagem: Do nada mesmo - Lara Karolina

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

A ética como instrumento de manutenção da vida em sociedade


A banalização da ética e dos valores morais tem promovido a desordem, ameaçado a paz e prejudicado seriamente os parâmetros de harmonia e de vida em sociedade. O comportamento moral guia-se pela ética, que é, por sua vez, o caminho da construção da consciência cidadã, que possibilita a harmonia e o desenvolvimento em geral. Com a presente exposição pretende-se mostrar que a valorização da ética efetiva sua capacidade de atuar como instrumento de manutenção da vida em sociedade, o que, consequentemente leva à promoção da paz.
O ambiente social está cada vez mais difuso e aberto a diferentes interpretações do espaço, levando à atitudes e modos de vida diferenciados e, muitas vezes conflitantes entre si. O comportamento moral vem a ser, dessa forma, objeto de atenção, uma vez que é ele quem orienta as ações dos cidadãos, servindo de referÊncia em relação ao que é pertinente ou não.
Viver em sociedade requer leis e orientações que permitam a harmonia entre as relações dos indivíduos que compõem esse ambiente social. Sendo a moral um conjunto de leis que sugerem o caminho para a paz e a harmonia nas relações sociais, a ética surge como um objeto de análise do comportamento moral e de sua importância para a sociedade.
O uso indevido do termo "ética" uma generalização , além da banalização de seu real significado. A desordem vivida por nós em situações como guerras, violência, desrespeito e preconceitos, é fruto da desvalorização do comportamento moral. A construção de uma consciência moral, orientada pelos parâmetros éticos é extremamente necessária, no sentido de uma reestruturação dos conceitos de vida social.
Sendo assim, convém direcionar esforços para a valorização da ética, uma vez que, através de sua abrangência e importância social, ela tornou-se um grandioso instrumento de reestruturação dos valores morais, além de conduzir à construção de um ambiente justo e pacífico.

*Ensaio escrito por Brunna Marques Duarte .



*Imagem: Platão e Aristóteles (Escola de Atenas) de Rafael, diponível em www.biografiasyvidas.com/.../index.htm