quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Horrores


Voltando a realidade, saio de minha cápsula e enxergo aquilo que realmente existe.

O mundo me assusta e a maioria das pessoas também.

Monstros de terno e salto alto. Andróides desparafusados. Múmias e mamulengos.

O frio intenso, o calor escaldante. A fome e a saciedade, o amor e o ódio, o bem e o mal.

Quisera ser um pássaro extinto, cadê? quisera ser uma flor, mas ela se murchou.
Tudo está apenas na lembrança.

Sinto sede, mas não tenho dinheiro, meu carro está sem gasolina, minha casa destelhada. O esgoto exala carniça. Tudo é tão terrível, tão amargo, tão feio.

O mundo está bem pior que imaginava, antes nos meus pesadelos.



Por Lara Vieira

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Anjo Negro


O que mais ouvimos na atualidade é que as pessoas estão individualistas, que não há mais solidariedade, que acabou o amor entre as pessoas e que o ser humano só se preocupa com o seu próprio umbigo. Essa história não é bem assim, existem sim, muitas pessoas egocêntricas, mas ainda é possível encontrar pessoas que se disponibilizam a auxiliar o próximo.


Passei por uma experiência há um mês atrás, que me fez repensar nos valores humanos e devido a isso, escrevo esta crônica em homenagem ao personagem principal dessa experiência, o Anjo Negro. Dei-lhe este nome, porque na ocasião não tive oportunidade de perguntar seu nome. A história sucedeu assim:


"Era uma manhã ensolarada de um domingo em Goiânia, saí de casa com uma amiga para levá-la ao ponto de ônibus, que fica na Avenida Goiás, no centro da cidade. Naquele dia não estava me sentindo muito bem, sentia uma leve dor de cabeça e uma fraqueza no corpo, mas imaginei que não havia problema em acompanhá-la, por ser à distância da minha casa ao ponto, pequena. Imaginei errado.


No caminho, com o sol batendo muito forte em minha cabeça, comecei a sentir uma tontura não muito forte, então, teimei e fui até ao ponto. Chegando lá, coloquei no chão, as sacolas que estava carregando e ao levantar a cabeça, vi tudo rodar. Comuniquei a minha amiga o meu estado e no mesmo instante procurei um suporte para me encostar, porque minhas pernas já não suportavam mais o meu corpo.


Já desfalecendo, ouvi algumas vozes - que pareciam distantes – perguntarem o que se passava comigo e identifiquei a voz da minha amiga dizendo para eu reagir. Em meio aquela situação, senti alguém pegar meu braço esquerdo e colocá-lo em seu pescoço e me carregar até a um banco que fica na ilha da Avenida Goiás. Lá, com a ajuda da minha amiga – que estava em choque, segundo ela, pensando que eu estava morrendo – ligou para meu pai, informando o que se passava comigo.


Enquanto meu pai não chegava, o rapaz nos fez companhia, providenciou água, procurou acalmar minha amiga e ao mesmo tempo me reanimar, pois minha pressão havia caído ao ponto deu desmaiar. Aos poucos fui melhorando, tomei a água, meus sentidos foram voltando e pude enfim agradecer-lhe tudo que havia feito por mim. Meu pai então chegou e ficou imensamente agradecido ao rapaz pela atenção destinada. Minha amiga já tranqüilizada ficou no ponto para ir embora e o Anjo Negro também. Eu fui para casa acompanhada por meu pai."


No caminho, enquanto relatava ao meu pai o que havia acontecido, lembrei-me que não perguntei ao rapaz seu nome, foi então, que o nomeei Anjo Negro. Aparentemente ele devia ter uns vinte e dois anos, era bem moreno, tinha os cabelos cortado bem baixinho, era forte e estava com uma mochila nas costas.


Independente de quem seja, mais uma vez o agradeço pelo auxílio prestado e lhe presto esta homenagem em forma de crônica, em reconhecimento de sua boa ação e solidariedade. Pois, não era necessário ele ter feito tudo o que fez, uma vez, que eu era e sou uma estranha para ele, mas, não sei os motivos que o fez dispor a me ajudar, mas tenho certeza que ele foi enviado por Deus. São nestes pequenos gestos, que podemos ver que ainda existem seres humanos que se preocupam e se dispõem a ajudar ao próximo. Ascendendo em nós a esperança de que o mundo, talvez, ainda tenha salvação.
Por Cláudia Belo

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Evento: Chico César


Bem... já que este blog está quase que abandonado, eu Lara Vieira, vou usá-lo para relatar algumas experiências culturais que experimento. Por que acredito que o jornalista deve estar ligado fortemente com a cultura, que é um elo para o crescimento do ser humano social e para uma formação profissional também como porta voz de um mundo maravilhoso, o mundo das artes.





Show de Chico César em Goiânia me surpreende



Chico César, pela primeira esteve em Goiânia e não decepcionou ninguém. O show foi aberto pelo cantor Pádua, que não fez feio antes da apresentação "principal". Pelo contrario, serviu de inspiração para que Chico cantasse músicas de sua terra, a Paraíba.

Muito bem acompanhado pelo quinteto da Paraíba, Chico levou o público ao delirio e até cantamos junto. Os homens de forma descontraída e muito divertida, cantando: “Eu sei como pisar no coração de uma mulher. Já fui mulher eu sei. Já fui mulher eu sei.” No palco ele não era apenas um cantor, mas um interprete da verdadeira música popular brasileira.

Há muito tempo não acompanhava um espetáculo assim. Com uma banda simples, melhor, com poucos musicistas mas excelentes artistas. O Quinteto da Paraíba com seus dois violinos, uma viola, um violoncelo e baixo embelezaram o timbre peculiar de Chico César, além do carismático percursionista que não perdeu o pique em nenhum momento.

Uma iniciativa muito interessante do projeto MPB Petrobras para levar a cultura brasileira a todos os Estados por um preço bastante acessível, através da Lei de Incentivo à Cultura proporcionou o divertimento a um número consideralvel de goinos.

E que venham mais shows assim.

Texto: Lara Vieira

Imagem disponível em: http://www.overmundo.com.br/

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Pra não dizer que não somos capazes!


Como se tudo repetisse em épocas diferentes voltamos a seguir talvez um dos hinos mais revolucionários do Brasil, Violências impunes, forças covardes e uso abusivo do poder. Quem sabe os tempos de ditadura voltaram, e esqueceram de nos avisar.
“Há soldados armados, amados ou não, quase todos perdidos de armas na mão. Nos quartéis lhes ensinam antigas lições, de morrer pela pátria e viver sem razão.”

Vem vamos embora, que lutar contra eles não vamos conseguir. Deputados, jornalistas, estudantes, cidadãos de bem que tentarem soltar alguma crítica contra esse batalhão poderá sofrer represálias gravíssimas por parte deles.

“Nas escolas, nas ruas, campos, construções, Somos todos soldados, armados ou não, Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não.”

Quem sabe faz à hora, não podemos mais aceitar. Se nos mesmos pagamos e criamos isso, nós mesmos podemos lutar por direitos iguais e que eles cumpram a lei, se o poeta foi literalmente morto por eles, e caiu no conto do esquecimento, imagina o sicrano que mora lá na vila vai quem quer, nem mencionado será.

“Os amores na mente, as flores no chão, a certeza na frente, a história na mão, caminhando e cantando e seguindo a canção, aprendendo e ensinando uma nova lição.”
Não espera acontecer, não vamos ficar parados e irmos de encontro com o azar. Temos casos estourados na mídia que relatam desaparecimento de pessoas, Comprovada pela vista de testemunhas. Os corpos às vezes aparecem mortos, ou simplesmente somem sem sabermos onde foram parar.

“Vem, vamos embora, que esperar não é saber quem sabe faz a hora, não espera acontecer...”.


Por Renato Garcia - 4º período de Jornalismo


sexta-feira, 20 de julho de 2007

Drogas Eletronicas

Como se não bastasse a onda do second life, novo estilo de vida levado pelos internaltas que criam uma vida paralela no mundo virtual, estoura agora as drogas eletrônicas. Não! agora os jovens não correm mais o risco de ir a bocas de fumo, de comprar maconha nas noites escuras, de encomendar drogas sintéticas para ir às trances e festas raves, ou qualquer outra coisa do tipo, não tem mais o nariz destruído pela cocaína e nem o braço marcado por picadas da incisão de heroína.
A onda agora é outra. Podem ficar tranqüilos que a droga é de boa, meu velho. O negócio agora é virtual. Você está aí de bobeira, conversando com aquela mina pelo MSN, dando uma espiadinha no Orkut ou jogando um pouquinho, cansa disso tudo, e vai ficar sossegado ou loucão na sua casa, sem correr risco, sem gastar grana nenhuma. Depois que a matéria saiu na revista Veja e também na tevê é fácil fácil tornar-se um usuário da droga. Para isso é só entrar no google, procurar droga virtual e logo aparece uma dezena de endereços pra você entender melhor o que acontece. Além de dicas de instalação do programa que abre as portas para o mundo da loucura.
Muitos dizem que não faz mal nenhum que o uso é satisfatório e não causa dependência. Uma série de explicações sobre as drogas, os tipos, os efeitos podem ser encontrados no site principal, o I-doser, as drogas podem ainda ser experimentadas mesmo antes da instalação do programa necessário para o uso. Alguns usuários provaram e recomendam, outros não tiveram coragem e tem aqueles que desestimulam os curiosos que procuram a nova droga.
Os efeitos simulam todo tipo de droga imaginável, desde a marijuana até as mais novas drogas, a droga sintéticas, aquela usada pelos escritores literários, o ópio, que inclusive é a droga recomendada pelos criadores do programa, há drogas pra relaxar, anti-depressivos, drogas pra estimular a criatividade, droga para alucinar, para tirar os sentidos etc. Além disso, existem mais drogas sendo projetadas para que quando todas as que estão disponíveis no site forem provadas pelos usuários, haja novas drogas para se experimentar. O I-Doser funciona por meio de sons que mudam a freqüência do cérebro, uma técnica chamada binaural brainwave.
Não sei mais nem o que pensar a respeito.
O efeito delas vai do semi-moderada, moderado forte, Muito Forte e MUITO, MUITO FORTE com recomendações de ambiente, luz, como você vai ficar depois de ouvir o som, que só faz efeito se você ouvi-lo com um headphone.
Era só o que faltava, depois de amigos virtuais, sexo virtual, vida virtual agora a droga virtual. É nessa toada que a juventude se embala. Será esse site apenas mais um meio de se ganhar dinheiro? Será que é real? Porque no site também tem a droga reset? Faz mal, realmente?
Eu não experimentei, baixei o programa pra ver se era realmente verdade e que tipo de som fazia. E por incrível que pareça é real. Estou abismada.

Por Lara Vieira
lara.karolina@hotmail.com

terça-feira, 19 de junho de 2007

Desafios de ser jovem

O legal de ser jovem é ter essa vontade imensa de querer abraçar o mundo, de realizar os sonhos e os desejos. Queremos curtir, dançar, nos divertir e viver intensamente. Mas, além de desejos e vontades, precisamos adquirir e assumir responsabilidades.
Vivemos em um mundo conturbado, com uma mistura de liberdade, de competitividade, de pressão, de desafios, de insegurança e uma série de outros itens que tornam nossas vidas um constante conflito. Esse emaranhado de misturas nos possibilita viver experiências positivas e negativas que contribuem para o nosso crescimento.
O que acontece é que alguns jovens, se não a maioria, pensam apenas em curtir e se divertir, o que é um fato preocupante. Uma sociedade para ser sadia precisa ser composta por pessoas que tenha discernimento e responsabilidades. Portanto, é necessário que nós, jovens, tenhamos consciência de que, futuramente seremos os condutores do nosso país, sendo, portanto, obrigatória a nossa formação como cidadãos ativos, responsáveis, íntegros, bem informados, críticos e conscientes dos nossos direitos e deveres.
Para alcançarmos essa formação temos que parar de nos preocupar com aparências e superficialidades, e começar a ocupar nossas mentes com coisas significativas e concretas. Não podemos ser uma geração de mentes vazias. Somos inteligentes, espertos, temos um mundo de acessos tecnológicos e possibilidades que só irão nos auxiliar na construção dessa formação. Se compararmos as gerações do passado com a atual, verificaremos que no passado os jovens eram (aparentemente) mais criativos e idealistas, talvez porque não dispunham desse mundo tecnológico que se vê atualmente, e que ocupam-nos a maior parte do tempo. Já a nossa geração se acomodou com os meios tecnológicos de tal forma que se esquivam de pensar e analisar o mundo em que vivem. A utilização abusiva, pois, traz prejuízos em termos de relacionamentos humanos.
O fundamental é não perdermos as características de jovem, ou seja, não perder a alegria, a descontração, o bom humor, a vontade de abraçar o mundo e tudo que se refere à juventude; porém, temos que lembrar que o futuro do nosso país será entregue em nossas mãos. Devido a isso, temos a obrigação de sermos responsáveis. O nosso comportamento se refletirá no futuro do Brasil, portanto é necessário que saibamos nos comportar.


Por Cláudia Santana Belo.
claudiasbelo@hotmail.com

Estudante de Jornalismo (3° período)

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Discussões sobre o jornalismo


As discussões acerca da profissão do Jornalista estão muito presentes no cotidiano do estudante desta área. Dias atrás, Goiânia foi sede do 10º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo com a finalidade de discutir os 60 anos de ensino de jornalismo no Brasil e suas implicações sociais, profissionais e institucionais. No site do professor Altair Tavares (http://www.altair.pro.br/) foi disponibilizado um texto contendo uma visão norte-americana com nove princípios básicos do jornalismo.

Neste texto as abordagens dos princípios do jornalismo e seus novos pontos primordiais se restringem a características importantes que a profissão exige, porém considerá-las, apenas, como princípios básicos é insuficiente. Após análise feita por pesquisas de opinião e estudos, o site (http://www.journalism.org/resources/principles) em síntese afirmou que o “Princípio do Jornalismo” seria em suma determinado em nove pontos primordiais, (dentre os quais):

“1. A primeira obrigação do Jornalismo é à verdade

O Jornalismo não persegue a verdade em um sentido absoluto ou filosófico, mas pode e deve persegui-lo em um sentido prático. Processo que começa com a disciplina profissional de montar e de verificar fatos. Os Jornalistas devem ser tão transparentes como possível sobre fontes e métodos de modo que as audiências podem fazer sua própria avaliação da informação.


2. Sua primeira lealdade é aos cidadãos

Os jornalistas devem manter fidelidade aos cidadãos e ao interesse público acima de qualquer outro [que] se pretendem fornecer a notícia sem pautarem-se no medo ou no favor. Este compromisso com os cidadãos é primeiramente a base da credibilidade de uma organização da notícia. O compromisso com os cidadãos significa também que o jornalismo deve apresentar um retrato representativo de todos os grupos constituem a sociedade.


3. Sua essência é uma disciplina da verificação

Os Jornalistas confiam em uma disciplina profissional para verificar a informação. O método é objetivo, não jornalístico. Procurando testemunhas múltiplas, divulgando tanto quanto possível sobre fontes, ou pedindo vários lados para o comentário, todos sinalizam tais padrões. Esta disciplina da verificação é o que separa o jornalismo de outras modalidades de uma comunicação, tais como a propaganda, a ficção ou o entretenimento.


4. Seus praticantes devem manter uma independência daqueles que eles cobrem

A independência é uma exigência subjacente do jornalismo, um princípio de sua confiabilidade. A independência do espírito e da mente, mais que a neutralidade, são os jornalistas que a princípio devem manter-se no foco. Mesmo que os editores e os comentadores não sejam neutros, a fonte de sua credibilidade está na exatidão, certeza intelectual e habilidade informar - não na sua devoção a algum grupo ou resultado. Em nossa independência, entretanto, nós devemos evitar toda a tendência vaguear na arrogância, no elitismo, na isolação ou no niilismo.


5. Deve servir como um monitor independente do poder

O Jornalismo tem uma capacidade incomum de servir como cão de guarda àqueles cujos poder e a posição afetam mais cidadãos. Como jornalistas, nós temos uma obrigação proteger esta liberdade do cão de guarda, não humilhando no uso frívolo do poder ou não explorando a para o ganho comercial.


6. Deve fornecer espaço para a crítica e acordos públicos

Os meios de notícia são os portadores comuns da discussão pública, e portadores desta responsabilidade podem gerar uma base para privilégios especiais. Também deve representar razoavelmente os pontos de vista e os interesses variados na sociedade


7. O Jornalismo deve contar histórias interessantes, significativas e relevantes - com uma finalidade

Para sua própria sobrevivência, no ato de relatar notícias, deve balançar os leitores, saber o que querem, mesmo não podendo antecipar, mas conhecer suas necessidades. A eficácia de uma parte de jornalismo é medida por quanto um trabalho acopla suas audiências e as incandesce. Isto significa que os jornalistas devem continuamente perguntar que informação tem a maioria de valor aos cidadãos e em que forma. ... um jornalismo oprimido pelo trivial e pelo significado falso que engendra uma sociedade trivial.


8. Deve manter a notícia detalhada e compreensiva

Manter a notícia na proporção e não deixar coisas importantes para fora são também pontos fundamentais da verdade e confiabilidade. Inflando eventos para gerar sensações, negligenciando outros, estereotipando ou sendo desproporcionalmente negativo.


9. Seus praticantes devem se permitir exercitar sua consciência pessoal

Cada jornalista deve ter um sentido pessoal das éticas e da responsabilidade, um compasso moral. Cada um de nós deve ser disposto e justo. As organizações da notícia fazem bem em nutrirem esta independência incentivando indivíduos a falar o que se passa em suas mentes. Isto estimula a diversidade intelectual necessária para compreender e cobrir exatamente uma sociedade cada vez mais diversa. É esta diversidade das mentes e das vozes, não somente números, que importa.”



Após os estudos em sala de aula a respeito da história do jornalismo, da imprensa e pontos de vistas de professores e profissionais da área de comunicação, essa descrição não é completa para a nossa realidade. Até mesmo porque estamos no Brasil, e o jornalismo daqui agregou conceitos do jornalismo norte-americano, europeu e ainda do latino-americano e resultou na prática executada aqui.

Evidente que o jornalista deve ser imparcial, que seu compromisso com a verdade é um principio básico para que o próprio dono da matéria tenha credibilidade no mercado e para que suas notícias tenham peso na sociedade. A checagem das fontes é outro ponto que deve ocorrer sempre, mesmo porque isso é uma maneira de verificar com mais ênfase a veracidade do fato. Ou seja, um ponto complementa o outro. A prática do jornalismo não é única em todos os casos, porém contem rotinas vitais para a construção de um bom texto.

O jornalismo brasileiro contém certas particularidades, devido ser praticado por profissionais de diferentes áreas, que não são jornalistas; e principalmente agora isso é contestado de forma mais enérgica, e tem-se exigido a sua prática por profissionais formados em jornalismo, o que não ocorre de fato em Goiânia, mas vê-se um esforço local e nacional para mudar esse cenário. Entre as discussões lançadas pelo Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), estava a questão do estágio em Jornalismo. É uma questão clássica de debates que envolvem o jornalismo/jornalista. E que deve ser revista para não ser prejudicial nem para os estagiários, nem tão pouco o veículo em que trabalharão e nem para ao cliente final, o consumidor da notícia – o cidadão.

Alguns diriam que qualquer pessoa pode ser jornalista? Óbvio que não. O jornalista é aquele que está dentro dos locais exatos, na hora exata e que diferentemente de outro cidadão tem licença para isso. Um cidadão comum que não trabalha no cenário político, por exemplo, não está habilitado para checar as situações que se passa ali, e nem tem contato direto com a assessoria ou fontes oficiais. Mas um jornalista profissional tem esse privilégio.

Ainda existem as questões éticas. A ética é algo intrínseco do jornalista. Deve estar nele, na mesma proporção que as palavras surgem e são expressas pela ponta do lápis no papel em que ele escreve, não é fator a se desvencilhar das ações do cotidiano. A ética deve ser fator de responsabilidade e diferencial daquele que é um representante da sociedade em diferentes locais.

Suas práticas não podem ser resumidas em nove itens. O jornalista deve ser imparcial, verdadeiro, representar a sociedade de maneira devida, e não é em vão, que a imprensa é considerada o 4° Poder. Por isso, a prática do jornalismo deve ser sempre revista, discutida a fim de torná-lo cada vez mais excelente. E que sirva para usufruto de toda sociedade, sem tendenciosidade, preconceitos ou parcialidades.


Por Lara Vieira - Estudante do 3° Período de Jornalismo
email:
lara.karolina@hotmail.com
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