terça-feira, 20 de novembro de 2007

Anjo Negro


O que mais ouvimos na atualidade é que as pessoas estão individualistas, que não há mais solidariedade, que acabou o amor entre as pessoas e que o ser humano só se preocupa com o seu próprio umbigo. Essa história não é bem assim, existem sim, muitas pessoas egocêntricas, mas ainda é possível encontrar pessoas que se disponibilizam a auxiliar o próximo.


Passei por uma experiência há um mês atrás, que me fez repensar nos valores humanos e devido a isso, escrevo esta crônica em homenagem ao personagem principal dessa experiência, o Anjo Negro. Dei-lhe este nome, porque na ocasião não tive oportunidade de perguntar seu nome. A história sucedeu assim:


"Era uma manhã ensolarada de um domingo em Goiânia, saí de casa com uma amiga para levá-la ao ponto de ônibus, que fica na Avenida Goiás, no centro da cidade. Naquele dia não estava me sentindo muito bem, sentia uma leve dor de cabeça e uma fraqueza no corpo, mas imaginei que não havia problema em acompanhá-la, por ser à distância da minha casa ao ponto, pequena. Imaginei errado.


No caminho, com o sol batendo muito forte em minha cabeça, comecei a sentir uma tontura não muito forte, então, teimei e fui até ao ponto. Chegando lá, coloquei no chão, as sacolas que estava carregando e ao levantar a cabeça, vi tudo rodar. Comuniquei a minha amiga o meu estado e no mesmo instante procurei um suporte para me encostar, porque minhas pernas já não suportavam mais o meu corpo.


Já desfalecendo, ouvi algumas vozes - que pareciam distantes – perguntarem o que se passava comigo e identifiquei a voz da minha amiga dizendo para eu reagir. Em meio aquela situação, senti alguém pegar meu braço esquerdo e colocá-lo em seu pescoço e me carregar até a um banco que fica na ilha da Avenida Goiás. Lá, com a ajuda da minha amiga – que estava em choque, segundo ela, pensando que eu estava morrendo – ligou para meu pai, informando o que se passava comigo.


Enquanto meu pai não chegava, o rapaz nos fez companhia, providenciou água, procurou acalmar minha amiga e ao mesmo tempo me reanimar, pois minha pressão havia caído ao ponto deu desmaiar. Aos poucos fui melhorando, tomei a água, meus sentidos foram voltando e pude enfim agradecer-lhe tudo que havia feito por mim. Meu pai então chegou e ficou imensamente agradecido ao rapaz pela atenção destinada. Minha amiga já tranqüilizada ficou no ponto para ir embora e o Anjo Negro também. Eu fui para casa acompanhada por meu pai."


No caminho, enquanto relatava ao meu pai o que havia acontecido, lembrei-me que não perguntei ao rapaz seu nome, foi então, que o nomeei Anjo Negro. Aparentemente ele devia ter uns vinte e dois anos, era bem moreno, tinha os cabelos cortado bem baixinho, era forte e estava com uma mochila nas costas.


Independente de quem seja, mais uma vez o agradeço pelo auxílio prestado e lhe presto esta homenagem em forma de crônica, em reconhecimento de sua boa ação e solidariedade. Pois, não era necessário ele ter feito tudo o que fez, uma vez, que eu era e sou uma estranha para ele, mas, não sei os motivos que o fez dispor a me ajudar, mas tenho certeza que ele foi enviado por Deus. São nestes pequenos gestos, que podemos ver que ainda existem seres humanos que se preocupam e se dispõem a ajudar ao próximo. Ascendendo em nós a esperança de que o mundo, talvez, ainda tenha salvação.
Por Cláudia Belo

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Evento: Chico César


Bem... já que este blog está quase que abandonado, eu Lara Vieira, vou usá-lo para relatar algumas experiências culturais que experimento. Por que acredito que o jornalista deve estar ligado fortemente com a cultura, que é um elo para o crescimento do ser humano social e para uma formação profissional também como porta voz de um mundo maravilhoso, o mundo das artes.





Show de Chico César em Goiânia me surpreende



Chico César, pela primeira esteve em Goiânia e não decepcionou ninguém. O show foi aberto pelo cantor Pádua, que não fez feio antes da apresentação "principal". Pelo contrario, serviu de inspiração para que Chico cantasse músicas de sua terra, a Paraíba.

Muito bem acompanhado pelo quinteto da Paraíba, Chico levou o público ao delirio e até cantamos junto. Os homens de forma descontraída e muito divertida, cantando: “Eu sei como pisar no coração de uma mulher. Já fui mulher eu sei. Já fui mulher eu sei.” No palco ele não era apenas um cantor, mas um interprete da verdadeira música popular brasileira.

Há muito tempo não acompanhava um espetáculo assim. Com uma banda simples, melhor, com poucos musicistas mas excelentes artistas. O Quinteto da Paraíba com seus dois violinos, uma viola, um violoncelo e baixo embelezaram o timbre peculiar de Chico César, além do carismático percursionista que não perdeu o pique em nenhum momento.

Uma iniciativa muito interessante do projeto MPB Petrobras para levar a cultura brasileira a todos os Estados por um preço bastante acessível, através da Lei de Incentivo à Cultura proporcionou o divertimento a um número consideralvel de goinos.

E que venham mais shows assim.

Texto: Lara Vieira

Imagem disponível em: http://www.overmundo.com.br/